Prevenção do suicídio: sinais para saber, agir e ajudar

Entendendo o suicídio

O suicídio é um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Mas o suicídio pode ser prevenido! Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais importante passo. Por isso, fique atento(a) se a pessoa demonstra comportamento suicida e procure ajudá-la.

 

Setembro Amarelo: Veja o Vídeo e  conheça os sinais de alerta e saiba como ajudar na prevenção do suicídio.

 

 Novos dados reforçam a importância da prevenção do suicídio

Sinais de Alerta – Prevenção do suicídio

Os sinais de alerta descritos abaixo não devem ser considerados isoladamente.
Não há uma “receita” para detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, nem se tem algum tipo de tendência suicida. Entretanto, um indivíduo em sofrimento pode dar certos sinais, que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos próximos, sobretudo se muitos desses sinais se manifestam ao mesmo tempo.

O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos duas semanas.

Essas manifestações não devem ser interpretadas como ameaças nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real.

Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança.

As pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos.

Expressão de ideias ou de intenções suicidas.

Fiquem atentos para os comentários abaixo. Pode parecer óbvio, mas muitas vezes são ignorados:

“Vou desaparecer.”
“Vou deixar vocês em paz.”
“Eu queria poder dormir e nunca mais acordar.”
“É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar.”

Isolamento

As pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer.

Assista ao vídeo da coletiva técnica sobre prevenção do suicídio.

Prevenção do Suicídio

#AoVivo – Ministério da Saúde apresenta ações de prevenção do suicídio. #SetembroAmarelo

Publicado por Ministério da Saúde em Quinta-feira, 20 de setembro de 2018

 

Outros fatores

Exposição ao agrotóxico, perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, conflitos familiares, perda de um ente querido, doenças crônicas, dolorosas e/ou incapacitantes, entre outros podem ser fatores que vulnerabilizam, ainda que não possam ser considerados como determinantes para o suicídio. Sendo assim, devem ser levados em consideração se o indivíduo apresenta outros sinais de alerta para o suicídio.

Pedindo Ajuda – Prevenção do Suicídio.

 

Pensamentos e sentimentos de querer acabar com a própria vida podem ser insuportáveis e pode ser muito difícil saber o que fazer e como superar esses sentimentos, mas existe ajuda disponível. É muito importante conversar com alguém que você confie. Não hesite em pedir ajuda, você pode precisar de alguém que te acompanhe e te auxilie a entrar em contato com os serviços de suporte.

Assista ao vídeo sobre comunicação consciente – Prevenção do suicídio e saiba como lidar com o tema nos meios de comunicação.

 

Quando você pede ajuda, você tem o direito de:
  • Ser respeitado e levado a sério;
  • Ter o seu sofrimento levado em consideração;
  • Falar em privacidade com as pessoas sobre você mesmo e sua situação; • Ser escutado;
  • Ser encorajado a se recuperar.
Diante de uma pessoa com risco de suicídio, o que se deve fazer?
  • Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber, que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio.
  • Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento.
  • Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa
  • Se a pessoa com quem você está preocupado (a) vive com você, assegure-se de que ele (a) não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticida, arma de fogo ou medicamentos) em casa.
  • Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.

 

Onde buscar ajuda para prevenir o suicídio?

CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde).

UPA 24H, SAMU 192, Proto Socorro; Hospitais

Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita)

Centro de Valorização da Vida – CVV

O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e voip 24 horas todos os dias.

A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, são gratuitas a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular.

Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita.

Também é possível utilizar o atendimento por chat e e-mail disponível nos ícones abaixo.

Click aqui e conheça os postos e horários de atendimento.

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Ações do Ministério da Saúde para prevenção do suicídio.

O Ministério da Saúde lançou em 2006 a Portaria nº 1.876, de 14 de agosto de 2006, que institui Diretrizes Nacionais para Prevenção do Suicídio, a ser implantadas em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão. Ainda em 2006, lançou o Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. Este material encontra-se em processo de revisão e atualização

Em 2011, pela Portaria nº 3088/2011, foi instituída a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) para pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo ofertado o cuidado em saúde mental por todos os pontos da RAPS, que prevê a articulação desde Atenção Básica: Equipe de Saúde da família (ESF), Unidade Básicas de Saúde (UBS), Centro de Convivência, Consultório na Rua, Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) até a Atenção Hospitalar e serviços de urgência e emergência (UPA 24h, SAMU 192), sob a coordenação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Portaria nº 1271, de 06 de junho de 2014, a qual define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, torna as tentativas de suicídio e o suicídio agravos de notificação compulsória imediata em todo o território nacional. O que indica a necessidade de acionamento imediato da rede de atenção e proteção para a adoção de medidas adequadas a cada caso.

Curso EAD, parceria Ministério da Saúde e UFSC, de Crise e Urgência em Saúde Mental . Entre os anos de 2014 e 2015 foram certificados 1.990 profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde

Desde 2015 o Ministério da Saúde mantém parceria com o Centro de Valorização da Vida (CVV), instituição voltada ao apoio emocional por meio de ligação telefônica para prevenção de suicídios. Neste ano (2017), a parceria foi ampliada, tendo sido assinado um novo Acordo de Cooperação Técnica, que prevê a gratuidade das ligações ao CVV em todo o território nacional

Em setembro de 2017, o MS lançou o Boletim Epidemiológico 2017 e a Agenda de Ações Estratégicas para a Vigilância e Prevenção do Suicídio e Promoção da Saúde no Brasil 2017-2020

Considerando a necessidade de construir e coordenar ações voltadas à prevenção do suicídio, a Portaria nº 3.479, de 18 de dezembro de 2017, instituiu o Comitê Gestor para elaboração de um Plano Nacional de Prevenção do Suicídio no Brasil em consonância com as Diretrizes Nacionais para Prevenção do Suicídio e com as Diretrizes Organizacionais das Redes de Atenção à Saúde.

Portaria Nº 3.491, de 18 de dezembro de 2017 institui incentivo financeiro de custeio para desenvolvimento de projetos de promoção da saúde, vigilância e atenção integral à saúde direcionados para prevenção do suicídio no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde (SUS).
Num primeiro momento, foram selecionados os 05 estados com maiores taxas de mortalidade por suicídio (Rio Grande do Sul, Roraima, Piauí, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina), e o Amazonas, que ocupa o 10º lugar no ranking, tendo em vista o número de indígenas no estado e a alta incidência de suicídio entre essa população. O MS, por meio de apoito técnico e financiamento, acompanhando esses 6 estados na elaboração de seus respectivos Planos Estaduais de Prevenção do Suicídio, os quais funcionarão como projetos pilotos para construção do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2018/prt1315_16_05_2018.html

 

Outras Publicações:
  • Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da saúde em atenção primária
  • Material Orientador para Prevenção do Suicídio em Povos Indígenas
  • Protocolos Assistenciais do SAMU 192 voltados para Manejo da Crise, Autoagressão e Risco de Suicídio
  • Linha de Cuidado para Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas famílias em situação de violência
  • Orientações Técnicas para a Implementação de Linha de Cuidado para Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa no SUS
  • Notificação de violências interpessoais e autoprovocadas
  • Agrotóxicos na ótica do Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2018
  • Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da mídia
  • Cartilha com dicas para jornalistas de como abordar o tema
  • Prevenção do suicídio: sinais para saber e agir

 

Fonte: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/suicidio

 

 


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4 comentários em “Prevenção do suicídio: sinais para saber, agir e ajudar”

    Maria Conceição Nolli Moura
    02/09/2019 12:58

    Parabenizou os membros da Caarf, pela bela iniciativa de esclarecimento quanto á prevenção do suicidio. Atitudes assim, podem ajudar salvar muitas vidas!!!!!!

    | Reply
      CAARF
      02/09/2019 15:42

      Olá Maria Nolli, a equipe Caarf agradece o elogio.
      Nosso trabalho ganha um significado muito maior quando é reconhecido, por isso, nós também lhe agradecemos!
      Nossa missão é promover o bem estar físico, psíquico e social dos nossos beneficiários, com qualidade e excelência no atendimento, seja ele físico ou virtual.
      Continue nos acompanhando, todo mês disponibilizamos uma matéria diferente e as dicas de saúde sempre estão atualizadas.
      Mais uma vez agradecemos seu contato.
      Abs,
      Equipe CAARF

      | Reply
    Marcia Dias Cardoso Araújos
    02/09/2019 16:16

    Muito obrigada pela atenção e esclarecimentos em relação ao suicídio pois estou passando por essa situação e saber que não estou sozinha é muito bom

    | Reply
      CAARF
      02/09/2019 15:39

      Olá Marcia, agradecemos o elogio.
      Nosso trabalho ganha um significado muito maior quando é reconhecido, por isso, nós também lhe agradecemos!
      Nossa missão é promover o bem estar físico, psíquico e social dos nossos beneficiários, com qualidade e excelência no atendimento, seja ele físico ou virtual.
      Veja nesta matéria que também disponibilizamos o contato com o Centro de Valorização da Vida, através do número 188 (ligação gratuita).
      Entre em contato com eles, de alguma forma vão te ajudar e , continue nos acompanhando, todo mês disponibilizamos uma matéria diferente e as dicas de saúde sempre estão atualizadas.
      Mais uma vez agradecemos seu contato.
      Abs,
      Equipe CAARF

      | Reply

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