Dia Internacional da Mulher 8 de Março

A Origem Mundial para a Data

Copenhagan, Dinamarca, 1910. VIII Congresso da Internacional Socialista:
na frente, Alexandra Kollontai e Clara Zetkin.

Sobre a origem de comemoração do Dia Internacional da Mulher não há concordância absoluta diante das múltiplas manifestações de luta de mulheres por todo o mundo. A professora e filósofa socialista estado-unidense Angela Davis cita um evento ocorrido em 1908 em que “as mulheres socialistas do Lower East Side, em Nova York, organizaram uma manifestação de massa em apoio ao sufrágio igualitário, cujo aniversário [do Dia da Mulher seria] comemorado”. Mas, o objetivo das manifestações ainda eram lutas dispersas por diversos direitos específicos, e no caso apontado, era o direito das mulheres ao voto nos Estados Unidos.

Após isto uma das primeiras celebrações do dia da mulher foi no dia 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, em memória de uma greve, realizada no ano anterior, que mobilizou as operárias na indústria do vestuário de Nova York contra as más condições de trabalho.

Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhagen, Dinamarca, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada a proposta, apresentada pela socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um Dia Internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada. No ano seguinte, uma comemoração do Dia Internacional da Mulher foi observada no dia 19 de março na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça, onde mais de um milhão de homens e mulheres participaram de manifestações que exigiam os direitos de votar e ser votada, de trabalhar, de receber educação vocacional e, também, o fim da discriminação no trabalho.

Incêndio em Nova York

Incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist.
O Edifício Asch possuía dez andares e a Triangle Company ocupava os três últimos andares,
e empregava cerca de 600 trabalhadores, a maioria constituída por mulheres
jovens imigrantes que trabalhavam 14 horas por dia, em semanas de trabalho de 60-72 horas,
costurando vestuário por modestos salários entre 6 e 10 dólares por semana.

A 25 de março de 1911, às 5 horas da tarde, ocorreu um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que matou 146 trabalhadores: 125 mulheres e 21 homens, na maioria judeus. A fábrica empregava 600 pessoas, em sua maioria mulheres imigrantes judias e italianas, entre 13 e 23 anos. Uma das consequências da tragédia foi o fortalecimento do Sindicato Internacional de Trabalhadores na Confecção de Roupas de Senhoras, conhecido por sua sigla inglesa ILGWU. A acadêmica Eva Blay considera “muito provável que o sacrifício das trabalhadoras da Triangle tenha se incorporado ao imaginário coletivo da luta das mulheres”, mas ressalta que “o processo de instituição de um Dia Internacional da Mulher já vinha sendo elaborado pelas socialistas americanas e européias há algum tempo e foi ratificado com a proposta de Clara Zetkin.”

Mas, como explica a historiadora espanhola Ana Isabel Álvarez González no livro “As origens e a comemoração do Dia Internacional das Mulheres”, publicado em 2010 no Brasil pela editora Expressão Popular, a origem da data passa ao mesmo tempo pelos Estados Unidos, mas também pela Rússia soviética. Segundo a autora, que buscou fontes primárias tanto na historiografia americana quanto na espanhola, o incêndio realmente ocorreu e matou 146 mulheres trabalhadoras, mas em 25 de março 1911 e não dois anos antes, menos ainda no dia 8. E mesmo que o ano, 1908, estivesse errado, 8 de março de 1911 foi um domingo, data improvável para a deflagração de uma greve, uma vez que não causaria grandes prejuízos aos donos da fábrica. Além disso, incêndios desse tipo não eram incomuns à época.

Porém, González defende que o incêndio foi muito significativo para o movimento operário norte-americano e para o feminista, sendo uma das consequências da tragédia o fortalecimento do Sindicato Internacional de Trabalhadores na Confecção de Roupas de Senhoras, International Ladies’ Garment Workers’ Union (ILGWU) Mas, sozinho, ele não explica a determinação de uma data para o Dia Internacional da Mulher.

A acadêmica Eva Blay considera “muito provável que o sacrifício das trabalhadoras da Triangle tenha se incorporado ao imaginário coletivo da luta das mulheres”, mas ressalta que “o processo de instituição de um Dia Internacional da Mulher já vinha sendo elaborado pelas socialistas americanas e européias há algum tempo e foi ratificado com a proposta de Clara Zetkin.”

Em 1955, Liliane Kandel e Françoise Picq escreveram num artigo do jornal L’Humanité que havia surgido o mito de que a data teria como origem a celebração da luta e da greve de mulheres trabalhadoras do setor têxtil de Nova York, em 1857 — as quais teriam sido duramente reprimidas pela polícia ou mortas em um incêndio criminoso na fábrica, conforme as diferentes versões do mito. Não há indícios de que isso tenha ocorrido e, segundo as autoras, tais versões parecem ter sido criadas pela Union des Femmes Françaises, que pretendia tornar a comemoração uma espécie de dia das mães, totalmente desprovida de qualquer sentido de luta feminina, tal qual se tornara na URSS e nos países do bloco comunista.

Relação com a Revolução Russa

“A 23 de fevereiro estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução.”

Leon Trótski.

 

Em Prol dos Direitos das Mulheres

                                   

                      Clara Zetkin – 1857 – 1933                         Alexandra M. Kollontai – 1872 – 1952

Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, realizada na Casa do Povo (Folket Hus), em Copenhagen, Dinamarca, Clara Zetkin propôs a criação de uma jornada anual de protestos em prol dos direitos das mulheres, mas sem fixar uma data específica. A primeira comemoração oficial deu-se em 19 de março de 1911. E em 1915, a ativista Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Cristiana, perto de Oslo, contra a guerra.

Em 23 de fevereiro de 1917 (8 de março no calendário gregoriano), houve um greve de trabalhadoras russas do setor de tecelagem. Considerada por Trotski como espontânea e não organizada, ela teria sido o primeiro momento da Revolução de Outubro.

Após 1945

Berlim Oriental, Unter den Linden, (1951). Retratos de líderes da Internationalen
Demokratischen Frauen-Föderation (IDFF), na 41°edição do Dia Internacional da Mulher.

Após 1945, nos países do chamado bloco comunista, a data continuou a ser um feriado comemorado. Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda do Partido Comunista da União Soviética. Também era amplamente celebrado nos países do bloco socialista na Europa Ocidental.

Na Tchecoslováquia, por exemplo, a celebração era apoiada pelo Partido Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen, “Dia Internacional da Mulher” em checo) era então usado como instrumento de propaganda, visando convencer as mulheres de que o partido realmente levava em consideração as necessidades femininas ao formular políticas sociais. A celebração ritualística no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada. Assim, a cada dia 8 de março, as mulheres recebiam uma flor ou um pequeno presente do chefe. A data foi gradualmente ganhando um caráter de paródia e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na televisão, e o propósito original da celebração perdeu-se completamente. Após o colapso da União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais um símbolo do antigo regime. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem como na Bielorrússia, Macedónia, Moldávia e Ucrânia.

 

Membros da Liga Internacional pela Paz e Liberdade Feminina,
em Washington, D.C., 1922.

No resto do Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960.

 

Resgate da Data de ‘8 de Março’

Protesto do grupo feminista FEMEN contra a exploração sexual das mulheres ucranianas,
em 8 de março de 2010.

E por fim, na década de 1970, o ano de 1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e o dia 8 de março foi adotado como o Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidas, tendo como objetivo lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, independente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas, culturais, econômicas ou políticas.

Em 2008, a ONU lançou a campanha “As Mulheres Fazem a Notícia”, destinada a estimular a igualdade de gênero na comunicação social mundial. Na atualidade, porém, considera-se que a celebração do Dia Internacional da Mulher tem o seu sentido original parcialmente diluído, adquirindo frequentemente um caráter festivo e comercial, como o hábito de empregadores de distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre as suas empregadas, ação esta que não evoca o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917

Fonte/Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Marcos das Conquistas das Mulheres na História

1759 — Olympe de Gouges, escritora e militante francesa, publica a Declaração dos Direitos da Mulher.

1792 — Mary Wollstonecraft publica Reivindicação dos direitos da mulher. Defendia uma educação para meninas que aproveitasse seu potencial humano.

1827 — Surge no Brasil a primeira legislação relativa à  educação de mulheres; a lei admitia meninas apenas para as escolas elementares, não para instituições de ensino mais adiantado.

1832 — A brasileira Nísia Floresta, do Rio Grande do Norte, lança uma tradução livre da obra pioneira da feminista inglesa Mary Wollstonecraft, e dá-lhe o título Direitos dos homens, injustiças para as mulheres.

1843 — Flora Tristán publica A União Operária.

1848 — Em Nova York (EUA) ocorre a Convenção em Seneca Falls, o primeiro encontro sobre direitos das mulheres.

1852 — É lançado o Jornal das Senhoras, editado por Joana Paula Manso de Noronha.

1857 —  Em 8 de março em Nova York, 129 operárias morrem queimadas pela força policial, numa fábrica têxtil Cotton, em Nova York. Elas ousaram reivindicar a redução da jornada de trabalho e o direito à licença-maternidade. Desde 1910 até hoje, dedicamos o 8 de março para homenagear essas corajosas operárias.

1858 — Publicado em Campanha da Princesa (MG) o jornal O Sexo Feminino.

1869 — O Wyoming é o primeiro estado dos Estados Unidos a outorgar o direito de voto feminino.

1874 — Surgiram os periódicos O Domingo e o Jornal das Damas, no Rio de Janeiro, seguidos do Myosotis, de Maria Heraclia, lançado em Recife, em 1875, e do incisivo Echo das Damas, de  Amélia Carolina da Silva Couto, no Rio de Janeiro, em 1879.

1874 — Maria Augusta Generosa Estrella deixou o Rio de Janeiro para estudar medicina nos Estados Unidos. A ela se juntou Josefa Agueda Felisbella Mercedes de Oliveira. As duas publicaram, depois, um jornal em Nova York: A Mulher.

1879 — O governo brasileiro abriu as instituições de ensino superior do país às mulheres.

1880 — No Brasil, as primeiras mulheres graduadas em Direito encontram dificuldades em exercer a profissão.

1893 — Liderado por Kate Sheppard, o movimento sufragista da Nova Zelândia consegue garantir o direito ao voto às mulheres.

1897 — No Reino Unido, Millicent Fawcett funda a União Nacional pelo Sufrágio Feminino.

1898 — Inglaterra e Escócia jogam em Londres a primeira partida de futebol feminino.

1900 — Primeiras referências na imprensa internacional às exibições esportivas femininas.

1902
 — Sufrágio feminino na Austrália

1903 — Emmeline Pankhurst e as suas seguidoras abandonam a NUWSS e formam a União Política e Social das Mulheres (Women’s Social and Political Union – WSPU).

1906
 — Sufrágio feminino na Finlândia.

1907
 — Sob a presidência de Clara Zetkin, reúne-se a I Conferência Internacional de Mulheres Socialistas.

1910
 — Brasil: A professora Deolinda Daltro funda o Partido Republicano Feminino

1913
 — Sufrágio feminino na Noruega.

1917
 — A professora Deolinda Daltro lidera uma passeata exigindo a extensão do voto às mulheres.

1917
 — Jeanette Rankin é a primeira mulher eleita membro do Congresso dos Estados Unidos.

1918
 — O Parlamento britânico aprova uma lei eleitoral que outorga o sufrágio às mulheres maiores de 30 anos.

1918
 — No Brasil, a jovem Bertha Lutz, iniciando a carreira profissional como bióloga, publica, na Revista da Semana, uma carta denunciando o tratamento dado ao sexo feminino.

1918
 — Sufrágio feminino na Inglaterra.

1920
 — É aprovada a XIX emenda à Constituição dos Estados Unidos estabelecendo que todas as mulheres maiores de idade têm direito de voto.

1921
 — Primeira partida de futebol feminino. Em São Paulo, senhoritas catarinenses e tremembeenses se enfrentam.

1921
 — É constituída, no Rio de Janeiro, sob a liderança de Bertha Lutz, a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino.

1925
 — No Japão, o parlamento exclui as mulheres da lei sobre o sufrágio universal. Nasce o movimento no país.

1928
 — As mulheres conquistam o direito de disputar oficialmente as  provas olímpicas.

1928
 — O governador do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine, obtém uma alteração da legislação eleitoral para conferir o direito de voto às mulheres no seu Estado. Elas vão às ruas, mas seus votos são anulados pela Comissão de Poderes do Estado. No entanto, elege-se uma prefeita, a primeira da História do Brasil: Alzira Soriano de Souza, no município de Lages (RN).

1929
 — Sufrágio feminino no Equador.

1931
 — A Constituição espanhola da Segunda República outorga o direito de sufrágio às mulheres maiores de idade; em Portugal, passam a poder votar mulheres com cursos universitários ou o ensino secundário completo.

1932
 — O governo de Getúlio Vargas promulga o novo Código Eleitoral pelo Decreto n.º 21.076, de 24 de  fevereiro, garantindo finalmente o direito de voto às mulheres brasileiras.

1932
 — A nadadora Maria Lenk, 17 anos, embarca para Los Angeles como única mulher e mascote da delegação olímpica. Foi a primeira atleta brasileira a participar de uma Olimpíada.

1933
 — Nas eleições deste ano para a Assembleia Constituinte, são eleitos 214 deputados e uma única mulher: a paulista Carlota Pereira de Queiroz.

1945
 — As mulheres conseguem o direito de voto na França e na Itália.

1948
 — Depois de 12 anos sem a presença feminina, a delegação brasileira às Olimpíadas segue para Londres com 11 mulheres e 68 homens.

1948
 — A escritora francesa Simone de Beauvoir (1908-86) publica o livro O segundo sexo, uma análise da condição da mulher.

1951
 — Aprovada pela Organização Internacional do Trabalho, a 19 de junho, a Convenção de Igualdade de Remuneração entre trabalho masculino e trabalho feminino para função igual.

1960 
— Surge o novo feminismo, em paralelo com a luta dos negros norte-americanos pelos direitos civis e com os movimentos contra a Guerra do Vietnã.

1960
 — No Sri Lanka (antigo Ceilão), Sirimavo Bandaransike (nascida em 1916) torna-se a primeira chefe de Estado.

1963
 — Nos EUA, Betty Fridan (nascida em 1921) escreve A mística feminina, apresentando uma crítica feminista do papel subordinado da mulher na sociedade.

1964
 — No Brasil, o Conselho Nacional de Desportos (CND) proíbe a prática do futebol feminino.

1964
 — Instituída a obrigatoriedade do teste de feminilidade (exame cromossomático) nos jogos olímpicos de Tóquio.

1970
 — No Reino Unido é aprovada a igualdade salarial.

1971
 — No Reino Unido destaca-se Germaine Greer, australiana de nascimento, autora de The Female Eunuch (1971; A mulher eunuco), considerado o manifesto mais realista do women’s liberation (movimento de libertação da mulher), mundialmente conhecido como women’s lib.

1974
 — Na Argentina, Izabel Perón (nascida em 1931) torna-se a primeira mulher presidente.

1975
 — As Nações Unidas instituem o Ano Internacional da Mulher, após a Conferência do México de 1975.

1975
 — No Rio de Janeiro, é criado o Centro da Mulher Brasileira — CMB, primeira organização do novo feminismo. Em São Paulo, outro grupo de mulheres funda o Centro de Desenvolvimento da Mulher Brasileira — CDMB.

1975
 — Aparecem no País, o Movimento Feminino pela Anistia — MFA, unido à luta pela redemocratização do Brasil. O MFA era presidido por Terezinha Zerbini.
1976 — É realizada a Convenção Contra Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher — CEDAW. 1976 — Eunice Michilles, então representante do PSD (AM), assume a vaga de senadora, por falecimento do titular, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo, no Brasil.

1980
 — Na Islândia, Vigdis Finnbogadottir (nascida em 1930) torna-se a primeira mulher eleita democraticamente presidente.

1980
 — Realiza-se o Encontro Feminista de Valinhos, São Paulo. Recomenda a criação de centros de autodefesa, para coibir a violência contra a mulher.

1981
 — Cai o veto à prática do futebol feminino no Brasil.

1982
 — No Brasil, nas eleições diretas para os governos estaduais, o movimento de mulheres elabora uma plataforma feminista submetida aos candidatos. Recebe o título de Alerta Feminista e acaba virando uma tradição.

1983
 — Criados em São Paulo e em Minas Gerais os primeiros conselhos estaduais da condição feminina, para traçar políticas públicas para as mulheres.

1983
 — O Ministério da Saúde brasileiro cria o PAISM — Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher.

1985
 — Surge a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM), em São Paulo e, rapidamente, várias outras são implantadas em outros estados brasileiros.

1985
 — A Câmara dos Deputados aprova o Projeto de Lei n.º 7353, criando o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.

1987
 — Criado o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Rio de Janeiro — CEDIM/RJ, a partir da reivindicação dos movimentos de mulheres.

1988
 — É instituída no Rio Grande do Sul a primeira Delegacia para a Mulher. Outras se seguiram.

1990
 — Júnia Marise é a primeira eleita para o cargo de senadora, pelo PDT (MG).

1993
 — Realiza-se a Conferência de Direitos Humanos de Viena. Na pauta desse encontro, constam o repúdio e a condenação veemente a todas as formas de violência contra as mulheres.

1994
 — Na cidade do Cairo, no Egito, ocorre a Conferência Internacional sobre População e  Desenvolvimento. As mulheres participaram ativamente, marcando sua presença em reivindicações nos documentos finais.

1994
 — É aprovada a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, conhecida como a Convenção de Belém do Pará.

1995
 — Empossado, o Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, reativa o CNDM — Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, vinculado ao Ministério da Justiça, que  novamente é esvaziado em estrutura e status nos anos de 97 e 98. Em 1999, começa uma reestruturação resultante de pressões do movimento feminista.

1995 — Em Beijing (China), é realizada a IV Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Mulher. O evento marca o reconhecimento definitivo do papel econômico e social da mulher; abre os caminhos do futuro, consagra todas as conquistas das mulheres; reafirma o princípio da universalidade dos direitos humanos e o respeito à especificidade das culturas.

1996 — Visando às eleições para prefeitos e vereadores, as mulheres se organizam em todo o País e, por meio do movimento Mulher Sem Medo do Poder, aumentam o número de vereadoras e prefeitas em todo o território nacional.

1996 — O Congresso Nacional inclui o sistema de cotas na Legislação Eleitoral, obrigando os partidos políticos a inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres em suas chapas proporcionais (Lei n.º 9.100/95 – § 3.º, art. 11), e a Lei 9504/97 eleva esse percentual para 30%,

1998 — A senadora Benedita da Silva torna-se a primeira mulher a presidir a sessão do Congresso Nacional.

2000 — Ellen Gracie Northfleet, nascida no Rio Grande do Sul, é eleita a primeira mulher ministra do Supremo Tribunal Federal.

Fonte: GELEDÉS Instituto da Mulher Negra.


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